quinta-feira, 19 de maio de 2011

Caminhos percorridos pelos trabalhadores/as que moravam na Aldeia dos Aivados


a). Cruz da Pedra; b)-Álamo; c)-Reguengo de Matos; d)- Esteiros; e)-Arrábida; f)-Penilhos; g)-Salvador Jorge.
Este mapa ilustra alguns dos caminhos que os trabalhadores e trabalhadoras, moradores na Aldeia dos Aivados, tinham que percorrer a pé, para os locais de trabalho, vários quilómetros, chegavam a ultrapassar os 5 km. Não havia pontes nas ribeiras ou barrancos, pelo que quando chovia era um inferno completo. Estes deslocamentos eram feitos sempre de noite, pois o trabalho, salvo raríssimas excepções, tinha o seu início ao nascer do sol, e, o seu final ao pôr do mesmo, (de sol a sol).  O trabalho de lavoura, com uma junta de bois ou vacas, ou com uma parelha, normalmente de muares. Neste tempo não havia botas de borracha nem fatos de oleado, apenas uma manta de lã, que servia de capote, que quando encharcada devia ser outro inferno. Ao meio dia quem trabalhava com as parelhas tinham 2 horas de descanso, para que as bestas comessem a ração, os que trabalhavam com os bois, apenas hora e meia, pois os bois ao meio dia não comiam ração (tudo penava). Como o trabalho só terminava ao pôr do sol, tinham que caminhar para o monte, às vezes grandes distâncias. Este serviço de lavoura era baseado num contrato de trabalho (já existia nesse tampo), que normalmente começava em Setembro e terminava em Março, chamavam-lhe a temporada, mais ou menos 7 meses (sementeira, alqueive, atalho, etc.. Este contrato podia ser com direito a comida confeccionada no monte, ou as comedorias (comedias, como se dizia), estas constavam de (nem todas as casas davam o mesmo), mais ou menos era isto por mês: 1,5 Lt. de azeite, 1,5 Kg. de toucinho, 5 Lts. de legumes (feijão, grão ou chicharos), 50 Kgs de farinha. Pelo Natal costumavam dar 1 g de carne e uma couve. Quem recebia a comida na casa do patrão (almoço, jantar e ceia). Almoço, antes de nascer o sol, pois o trabalho começava ao nascer, normalmente uma açorda (comida apenas com uma mão), ou umas sopas, de vez em quando lá ia uma talhada de toucinho, ao meio-dia um pão, à  noite o jantar, couve ou legumes, às vezes com carne salgada de ovelha. Dinheiro oscilava entre 150$00/300$00. Este o retrato, não só, dos trabalhadores da minha aldeia, como das demais aldeias deste Alentejo. Havia algumas diferenças de patrão para patrão, não muito grandes. Há, já me esquecia, tinham direito a férias, 1 (um) dia pela feira de Castro, 2 (dois) dias pelo Natal, 1 (um) dia pelo Ano Novo e dois dias pelo Carnaval. Espero ter oportunidade de divulgar aqui outros contratos, tais como os dos pastores.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Algumas peças do mobiliário do pastor

 



Gravato. Era a extensão do braço do pastor, pois servia para melhor apanhar algum animal, mas era preciso certa técnica e prática


 A corna, para transporte de azeite.

 Para as azeitonas e para o sal.


 Lanterna e marmita para o conduto.

 Tesoura para limpeza dos animais

O cajado

 O ferrão, para fazer os furos no terreno onde eram colocados os tenchões, pau para armar a rede




 A manta de lã. Esta foi feita pela minha mãe, utilizada pelo meu pai, na malhada.



 Os alforges, a mala de viagem. Feitos pela minha mãe.
Ainda se nota as iniciais A-C-V, de António Carlos Ventura.


O ferrado para  a ordenha.

A fonte da perdiz

Eduardo de Matos junto à fonte da perdiz, local com velhas tradições. Boa água. Pelo 29, como era conhecida a data, 29 de Agosto, deslocava-se para ali o pessoal, na noite onde saboreando o café se fazia o bailarico, se confraternizava, outros tempos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Na taberna de Manuel Joaquim Nobre ( Manuel Direitinho )


José Mateus, António G. Matos, Joaquim Soares, Manuel Direitinho, Manuel Venâncio, António Mendes, falta identificar a outra pessoa. Que seria que eles estavam a comemorar?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Tempos passados

Francisco Raposo, Manuel Serra, Maria Augusta e Etelvira Mendes que está com bébé ao colo. Quem será o bébé? Venha de lá essa ajuda.





quinta-feira, 5 de maio de 2011

Mais uma turma da escola dos Aivados

Esta foto foi cedida gentilmente por Mariana Augusta, obrigado. Estão nesta turma, Eliseu, Anastácio (f), Celestino, Abilardo. Venha de lá essa ajuda a identificar mais alguns, assim como o nome da Professora, julgo ser D. Maria Otília, mas não tenho certeza.

Preparando a caldeirada

Manuel Venâncio, José Assunção, António Sabóia, António de Matos, ???, Carlos Mendinhos e Celestino.