sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Ti, Belchorinho do Estação - Poeta popular

    
Ti, Belchorinho da Estação, era assim conhecido.
Seu nome Belchior da Costa Guerreiro. nasceu no monte da herdade do Carneiro Velho, freguesia de Ourique entre os anos de 1860 e 1870, filho de Belchior da Costa e de Maria Bárbara, tendo casado em Casével com Joana Jacinta, tendo vindo morar para a aldeia dos Aivados.

Dedicava-se à agricultura com a sua parelha de burros, mais tarde mudou sua residência para a Estação de Ourique, para a casa onde hoje está o café da ti, Mariana ( café Primavera), onde morreu em 1917 com a pneumónica (uma doença que vitimou milhares de pessoas).
Gostava muito do seu copinho, pelo que às vezes os seus burros passavam o dia à porta da taberna. É pena ter chegado aos nossos dias tão pouco da sua poesia. Mas há umas décimas (quadras) que ficaram célebres e ainda hoje os mais antigos as recordam, pelo que para que elas não fiquem no esquecimento aqui as vou publicar.

Segundo se consta Manuel Brito Camacho, lavrador das Mesas (herdade junto a Aljustrel), quando se encontrava a estudar, ele foi médico, numa tertúlia de estudantes, falando de poesia, ele disse que existia um poeta popular no Concelho de Castro Verde que tinha poesia melhor do que os estudantes, ao que os colegas enviaram um mote para que o Brito Camacho o entrega-se a esse poeta.

Baseado nesse mote o ti Belchorinho desenvolveu as décimas publicadas acima.
                                                                 

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